¨Nascido para ampliar os conhecimentos dos brasileiros e portugueses sobre a cultura do vinho na Espanha.¨

D.O Ribeira del Duero

A Ribera del Duero esta abençoada por uma combinação única de terra, microclima e uma uva autônoma que produz magníficos e complexos vinhos tintos. Nesta altitude, a Tempranillo (também conhecida nesta zona como Tinta del País) cresce con uma fina pele e uma acidez com a que se produzem deliciosos vinhos jovens, mas que tambem tem a capacidade de envelhecer magníficamente para produzir os Gran Reservas. Os vinhos tintos se elaboram com 75% desta variedade, e o resto com uvas autorizadas.
Castelo de Peñafiel
Depois da criação da Denominação de Origem em 1982, muitas zonas de vinhedos foron replantadas. A partir desse momento, bodegas de todos os tipos, desde pequenos negocios familiares a grandes cooperativas, pasando por bodegas individuais, començaram a invertir nas mais modernas tecnologias de elaboração de vinho. Da mesma forma muitas familias que durante gerações cultivaron e venderam suas uvas a bodegas da zona começaram a construir suas propias bodegas. Ao mesmo tempo, o Conselho Regulador tem estado trabalhando na promoção genérica dos vinhos dessa DO, tanto a nivel nacional como internacional.
Todo esse conhecimento adquirido nos últimos anos teve um significativo impacto sobre a qualidade dos vinhos, que agora se exportam a todo o mundo. Na actualidade, a D.O. Ribera del Duero é provavelmente junto a Rioja, Cava e Jerez, uma das mais famosas D.O. espanholas.
Existe um Museu do vinho no Castelo de Peñafiel (Valladolid) e um Centro de Interpretação de vinho em Aranda del Duero (Burgos).





Historia

A forma acual de fazer vinhos provem da tradição medieval, quando os vinhedos se extendiam até as periferias dos monasterios. No século XVI, a elaboração de vinho, a partir da Tinta del País, já constituía a principal atividade econômica do vale. Já em 1650, as bodegas de Aranda de Duero produzira seis milhões de litros de vinho. Nesta época, as “cuevas” subterrâneas escavadas profundamente na terra eram vitais para controlar e armazenar o vinho na madeira.
Em 1864, uma bodega chamada Vega Sicilia se instalou no vale e Eloy Lecanda Chavés, plantou videiras de Burdeos aplicando os métodos franceses para elaborar vinho. Naquela época os caldos se introduziam nos barris de fermentação abertos e finalmente, se dexavam madurar em madeira durante dez anos antes de proceder o engarrafamento e a posterior venda. Desta forma, a bodega adquiriu uma categoria lendaria, (que mantem até hoje) e que lhe permitiu se convertir em uma influência chave na maneira de se elaborar o vinho nesta zona. Tambem marcou uns padrões de qualidade muito altos na Denominação de Origem. Na atualidade, os viticultores castellanos estão mais próximos dos modos bordoleses que dos riojanos, e sus vinhos, plenos de potência, estrutura e sabor, tardam tempo em arredondar seus atributos dentro da garrafa e em desenvolver seus elegantes aromas.
Em outros vinhedos e bodegas predominaram vigorosos rosados até que se criou a Denominação de Origem em 1982. regulando se e establecendo se os parâmetros de qualidade dos vinhos amparados.




Geografía e Geología


A Ribera del Duero se situa no sudeste de Castilla e León, Na parte mais alta do rio Duero, e se extende desde o leste ao oeste, formando um extenso canal na parte alta da meseta. Os mais de 20.000 hectáres amparados pelo Conselho Regulador envolvem na atualidade 104 municipios, dispersos entre as provincias de Valladolid, Burgos, Segovia e Soria. As principais cidades da denominação são Aranda del Duero, Peñafiel, Roa e San Esteban de Gormaz
Em termos gerais, pode se dizer que a meseta se inclina para baixo desde o leste para o oeste com uma altitude média de 750-850 metros. Os vinhedos se extendem ao longo de 110 kilometros de rio, penetrando até o este na provincia de Burgos, até o oeste em Valladolid, e ainda se adentram com uns puocos vinhedos ao sul de Segovia. As plantações se localizam ao norte e ao sul do rio, desde as riberas até os picos mais altos onde o valle encontra a meseta. As videiras vão minguando a medida que se avança até o oeste, onde o vale declina.
O terreno varia consideravelmente. As riberas e as terras baixas com agua próxima da superficie se conhecem como “campiña” e “terrazas” as zonas inclinadas que se situam por cima delas, os melhores terrenos para as videiraeiras, recebem o nombre de “laderas”, enquanto que as zonas escarpadas, não recomendadas para a plantação, se chamam “cuestas”. Por cima destas, se localiza o denominado “páramo”, tradicionalmente destinado ao cultivo de cereais. Alguns cultivadores estão começando a plantar videiraeiras nestes terrenos. A orientação das cuestas é importante: em geral, as que estão orientadas para sudeste são as mais valorizadas.
O fator chave na qualidade da terra dos vinhedos é a quantidade de rocha calcária e gizque contem: mais de 33% (9% giz activo) No solo do oeste é em torno de 50% (com 18% de giz ativo) no este. Alguns terrenos tem tal quantidad de giz que parecem quase brancos.
Os solos desta zona são complexos. Na campiña, ao pé do vale, são aluviais con areia e argila. Na parte mais alta dos lados do valle, onde se localiza o páramo, se compõe de rocha calcária e giz no leste, e de giz, no o oeste. Até o leste, as laderas mais baixas são de argila e marga, enquanto que nas as cuestas mais baixas predomina a rocha calcária, a argila e a marga. As ladeiras mais altas estão formadas por argila e marga. No oeste, as mais baixas se compõe de areia sobre argila. As pendientes mais baixas são de marga com um pouco de gesso, eenquanto que as superiores são de marga calcárea.

Clima

O clima do vale do Duero oscila entre o frio extremo da meseta durante o inverno, propio de clima continental, e as características do clima mediterrâneo, como o calor e seca.
Protegido dos frios ventos, conta com precipitaçõess moderadas o escasas: chove entre 75 e 90 dias por ano, sprincipalmente na primavera e otono, com o aumento da humidade que proporcionam as neblinas do Duero. Os verões são quentes e secos. A pesar disso, no verão a evaporação pode ser maior que as precipitações desde meados de junho a meados de setembro, quando durante o dia a temperatura média oscila entre 25-32º. Porém , estas temperaturas caem bastante durante a noite devido a altitude, permitindo as videiras refrescar se e descansar, o que é benéfico para elas.
As geadas são uma constante preocupação a partir do final do otono até a primavera. Ocasionalmente, a temperatura pode cair até -20º. O vento também pode ameaçar os vinhedos.







Viticultura

Tempranillo Ribera del Duero
A principal variedade é a Tempranillo, presente em mais de 90% dos vinhedos. Porém outras cinco variedades estão aprovadas, tres delas históricas: Merlot, Malbec e Cabernet-Sauvignon.
A Garnacha Tinta (também conhecida como Tinta Aragonesa) se utiliza principalmente para a producção dos rosados. Já a uva branca Albillo se emprega em algunas fases da elaboração do vinho.
Em vinhedos mais velhos as videiras são plantadas em terrenos quadrados de tal forma que não necesitem de nenhum soporte. Por outra parte nos mais novos as videiras são colocadas em espalderas. Todas as videiras são inxertadas em rizomas americanos, que variam dependendo dos solos. a preocupação dos viticultores começa na propia vinha, onde a seleção da uva é exaustiva para que logo na bodega proporcione os melhores resultados.
Em geral, as videiras são muito sanas, embora as vezes possam sofrer alguna pequena complicação causada pelo clima extremo, a seca e os solos esgotados.
A vendimia começa geralmente nos dez primeros dias de outubro. Porém , esta data depende do clima.

Vinicultura

As modernas técnicas de elaboração de vinho da Ribera del Duero produzem caldos que se podem beber jovens, embora cada vez mais as bodegas explorem as posibilidades de envelhecimento.
As bodegas variam muito entre si. As mais modernas contam com os mais modernos equipamentos de aço inox e estão desenhadas para aproveitar a gravidade e a energia solar. As uvas são despeladas antes do prensado, e a fermentação alcoólica se realiza utilizando a pele das uvas tanto tempo quanto seja nescesário. O novo vinho é transferido a outro tanque para que se produza a fermentação maloláctica. Se necesário se empregam tanques com agua quente para auxiliar no processo de fermentação. Este vinho pode ser transferio despois a depósitos de aço, No o caso dos vinhos jovens, ou a barris de carvalho no caso de Crianza, Reserva e Gran Reserva.
A polpa da uva restante da primera fermentação se pressiona, e os mostos resultantes podem ser adicionados ao vinho principal para reforzar os taninos. também podem não se utilizar para elaborar outro vinho por separado ou vender se para sua destilação. O vinho pode ser filtrado ou não, dependendo das preferencias de cada bodega.
Nos criterios de envelhecimento se segue o estipulado no Regulamento da D.O. e na Legislação espanhola vigente. Os tempos são contados respeitando o ano de vendimia, a partir de 1 de outubro para os Crianza e de 1 de dezembro para Os Reserva e Gran Reserva.




Vinhos

A D.O. Ribera del Duero ampara vinhos tintos e rosados. Os tintos devem conter ao menos 75% de Temparnillo e variam desde os jovens brilhantes, frescos e muit afrutados até os mais complexos Gran Reserva. Aos dois anos, os Crianza tem uma elegancia sutil e um aroma profundo. Porém estes vinhos podem melhoraainda mais despois desse periodo.
Os melhores maduram mais de dez anos e na década seguiente ainda podem melhorar. Muitos caldos se podem beber jovens ou depois de uns poucos meses de envelhecimento.
Embora a produção do tradicional rosado tenha diminuido de forma importante a respeito das quantidades que se produziam 30 anos atras, algumas bodegas de qualidade os estão relançando.